terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Preso acusado de ser falso advogado que cobrava R$ 1 mil de "honorários"

Compartilhar
Por Cidade Verde.Com
Terça-Feira, 07 de Fevereiro de 2012



Foi preso em flagrante  Marcos Aníbal Barbosa Martins, 46 anos, acusado de praticar estelionato contra 19 pessoas do município de União. Segundo as vítimas, ele afirmava ser advogado e prometia resolver problemas relacionados a benefícios negados a trabalhadores rurais. 














A prisão foi efetuada no São Cristóvão, zona Leste de Teresina, quando o acusado estaria recebendo o valor de R$ 1.000 como "honorários advocatícios".






A Ordem dos Advogados emitiu um documento negando que Marcos Aníbal seja, de fato, advogado. De acordo com o titular do 8º  Distrito Policial, Jefferson Kalume, o alvo do acusado eram pessoas de baixa renda, que desejavam obter algum benefício, como aposentadoria ou direitos trabalhistas. "Ele recolhia documentos das vítimas, prometia que ia resolver o problema e depois que recebia o dinheiro, simplesmente desaparecia, mudava de número de celular e até de nome", disse o delegado.

Marcos Aníbal já havia sido indiciado pelo mesmo delegado há dois anos, também por estelionato. "Mas ele acabou não sendo preso porque era réu primário", informou Kalume.

Desta vez, o acusado foi preso em "flagrante esperado", após uma das vítimas prestar queixa na delegacia. "Quando soubemos do que estava acontecendo e quando a OAB mandou o documento confirmando que ele não é advogado, fomos ao local que ele marcou com uma das vítimas para receber o dinheiro acordado e conseguimos prendê-lo em flagrante", contou o delegado.

Modo de ação
Uma das vítimas do falso advogado, identificada como Regina Araújo, 42 anos, explicou que Marcos cobrava R$ 280 por cada processo que aceitava. "As pessoas começaram a juntar parentes e amigos para também entrar com ações. No meu caso, era para minha avó, que tem 104 anos e teve a aposentadoria negada. Eu pedi emprestado e até deixei de comer para pagá-lo", disse a lavradora de União.


O primeiro contato com as pessoas de União se deu em agosto de 2011. Foram ao todo 19 vítimas, o que rendeu ao acusado a quantia de R$ 5.320. Ele apresentava aos "clientes" um contrato de honorários advocatícios e avisava que só daria entrada na ação caso fosse efetuado o pagamento. "Fiquei sabendo dele por uma amiga da região.

Quando ele foi me ver, disse que resolveria tudo em menos de três meses. Tinha gente que pedia para ele entrar com três ações de uma só vez", disse Regina. Os documentos foram apreendidos pela polícia.

O delegado Jefferson Kalume investiga se há pessoas relacionadas ao acusado envolvidas nos crimes. "Acredito que pode haver uma quadrilha especializada nisso e inclusive mais vítimas", finalizou.


Compartilhar

Author: verified_user

0 comentários: