Retranca: A disputa política entre o ministro do STF, Flávio Dino, e o governador Carlos Brandão é um alerta sobre os riscos de privilegiar o conflito em detrimento do estado
A ruptura política entre o ex-governador do Maranhão, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e o atual governador, Carlos Brandão, transcende os bastidores do poder e se torna um caso de estudo para compreender um mal que assombra não apenas a política maranhense, mas o Brasil e o mundo: a falência do diálogo e sua substituição por uma guerra sectária onde, no final, não há vencedores, apenas o desenvolvimento do estado como vítima.
Aqui, não tomo lado na disputa específica, mas busco soar um alarme, baseado em exemplos históricos contundentes, sobre o perigo real que essa dinâmica representa para o futuro do Maranhão.
No Xeque-Mate (veja o vídeo) adoto uma posição pacifista. Em nome do Maranhão, é imperativo que o ministro, se pensa de fato no desenvolvimento do estado, precisa sentar e controlar seus liderados. Da mesma forma, é crucial que o governador Carlos Brandão priorize um entendimento. A necessidade de sair do discurso para a prática nunca foi tão urgente.
Essa não é uma mera opinião ingênua. É um reconhecimento de que a polarização afetiva (quando as diferenças ideológicas são acompanhadas por fortes emoções negativas em relação ao “outro lado), paralisa a capacidade de governar e resolver problemas complexos. O debate se torna pessoal e dominado pela hostilidade, uma dinâmica que intensifica a divisão social e dificulta a construção de pontes.
Quando o diálogo falha, a violência política surge. A história não é apenas uma coleção de datas, mas um repertório de lições sobre o comportamento humano e suas consequências. Ignorar essas lições é um risco que nenhuma sociedade deveria correr.
Combater a polarização não significa converter o outro ou anular divergências. O verdadeiro poder do diálogo está em criar espaços para a compreensão mútua e a empatia, mesmo entre pessoas com opiniões radicalmente diferentes.
A disputa entre Flávio Dino (dinistas), e o governador Carlos Brandão (brandonistas), não é um jogo de soma zero. É um teste de maturidade política e de compromisso com o povo maranhense.
A história, tanto distante quanto recente, nos mostra com clareza: a ruptura do diálogo e a escalada do conflito têm um preço devastador. O Maranhão não pode ser refém de uma guerra pessoal.
É hora de os líderes políticos do estado olharem para além de seus interesses imediatos, aprenderem com os erros do passado e priorizarem a única ferramenta que constrói futuros comuns: o diálogo.

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