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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Especialista diz que não há “solução mágica” para combater fake news

Especialista diz que não há “solução mágica” para combater fake news








Marcello Casal jr/Agência Brasil
Como é possível combater a desinformação, também conhecida como notícias falsas (ou fake news, no termo popularizado em inglês)?

Na avaliação da professora e diretora do grupo de especialistas em desinformação da Comissão Europeia – órgão executivo da União Europeia, Madeleine de Cock Buning, não há apenas uma solução que dê conta do problema.

“Não há bala de prata. É um problema com várias faces. E tem que ter uma solução multidimensional. O nosso trabalho é definir o escopo do problema e formular recomendações”, disse.

Madeleine participou hoje, em São Paulo, da conferência de abertura do Seminário Internet, Desinformação e Democracia, promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), órgão multissetorial que organiza endereços da web no país e indica diretrizes sobre a rede. O evento dá continuidade a um debate iniciado no ano passado sobre práticas para para conter o fenômeno da desinformação na internet.

O uso do termo desinformação, segundo a professora, é mais preciso do que fake news, nome apropriado por alguns políticos e seus apoiadores para desvalorizar notícias que os desagradam. "Nosso trabalho é definir o escopo do problema e formular recomendações", afirmou.

Segundo a coordenadora, o grupo elaborou um relatório com recomendações sobre o tema. "É preciso ter uma abordagem em diferentes dimensões, fazer pesquisas para compreender o fenômeno e monitorar sua evolução. Isso inclui entender porque as pessoas gostam e compartilham notícias falsas e qual o impacto disso na vida política, como em eleições."

O relatório sugere que as plataformas digitais adotem medidas para dar mais transparência à sua operação, mostrando como funcionam sistemas, algoritmos responsáveis pela escolha dos conteúdos, recomendações de vídeos, textos e imagens a cada usuário. “As plataformas não são transparentes sobre seus algoritmos. Somos deixados no escuro sobre o funcionamento desses sistemas”, ressaltou a professora.

O documento elaborado pelo grupo da União Europeia indica que a desinformação não será combatida se não houver um ambiente plural e diverso, com diferentes fontes de informação disponíveis aos cidadãos. A promoção passa pelo empoderamento, tanto dos jornalistas e veículos profissionais de notícias, quanto dos próprios usuários. Iniciativas de formação – “alfabetização midiática” – fundamentais para que as pessoas tenham uma postura mais crítica, não acreditem ou não repassem as mensagens automaticamente.
Para Madeleine, a disseminação de notícias falsas está vinculada à desconfiança no conjunto das instituições, gerando um desinteresse no que elas apresentam como verdade. "Em muitos casos, pessoas preferem acreditar naquilo que confirma suas opiniões, evitando posições críticas."

Código de práticas

O grupo elaborou um código de práticas para plataformas digitais como Facebook, Google, Twitter e Amazon, baseado em uma série de princípios que definem atitudes que as companhias devem adotar.

Algumas das práticas indicadas são as seguintes:

- adaptar suas políticas de publicidade, incluindo e identificando incentivos monetários à difusão de desinformação e avaliando formas de diminuir esses mecanismo

- garantir transparência e formas de fiscalização pública sobre seu funcionamento e maneira como gerem o conteúdo de seus usuários

- distinguir claramente o conteúdo, patrocinado e não pago, publicado pelos usuários.

- permitir o acesso a dados do que ocorre no seu interior e das mensagens difundidas para projetos de checagem de fatos e pesquisadores acadêmicos.

- disponibilizar aos usuários configurações para empoderá-los de modo a definir como desejam o fluxo de informações em suas linhas do tempo, personalizando sua experiência nesses ambientes.

- melhorar a visibilidade de notícias precisas e confiáveis e facilitar o acesso dos usuários a essas reportagens.

- colocar, junto a notícias de grande visibilidade na plataforma, sugestões de conteúdos relacionados que permitam outras perspectivas sobre um determinado fato

- prover ferramentas amigáveis para permitir aos usuários estabelecer links com checadores de fatos de modo a conferir se há questionamento sobre as publicações que recebe

- nas políticas de identificação de notícias apontadas como falsas (flagging, no termo em inglês), implantar salvaguardas para evitar abusos por usuários

- fornecer dados relevantes sobre a operação de seus serviços para pesquisadores independentes

Implantação

Mandeleine explicou que após a conclusão do documento, em 2018, teve início um diálogo com as plataformas de modo a criar um “plano de ação” voltado para colocar em prática as recomendações formuladas.

Para além das medidas de auto-regulação das plataformas, a União Europeia aprovou, nos últimos anos, regulações importantes como o Regulamento Geral de Proteção de Dados e as novas diretivas de serviços audiovisuais e de direito de autor.

A especialista afirmou que, nas eleições para o Parlamento Europeu deste ano, não houve grandes ondas de desinformação. Segundo Madeleine, a implementação das recomendações vem sendo avaliada. Caso as medidas adotadas pelas plataformas não sejam suficientes, outras respostas mais fortes podem ser adotadas. "Mas este ainda não é o caso", concluiu.

Jonas Valente/Agência Brasil - O repórter viajou a convite do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI)

terça-feira, 23 de julho de 2019

Lista do Não Me Perturbe já tem cerca de 1,5 milhão de inscritos

Lista do Não Me Perturbe já tem cerca de 1,5 milhão de inscritos


A suspensão das chamadas pelas empresas de telecomunicações ocorrerá em até 30 dias, contados da data do cadastramento. A lista é única e agrega as principais empresas do setor: Algar, Claro/Net, Nextel, Oi, Sercomtel, Sky, TIM e Vivo.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O site Não me Perturbe já tem cerca de 1,5 milhão de pedidos de bloqueio de ligações indesejadas de serviços de telecomunicações. A iniciativa é das operadoras de telecomunicações e atende a uma determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

O site é um canal no qual podem se cadastrar pessoas que não desejam mais receber chamadas de telemarketing dos serviços de telefonia, de dados e de TV paga. Para deixar de receber essas chamadas, o consumidor deve preencher o formulário de inscrição na plataforma. 

A suspensão das chamadas pelas empresas de telecomunicações ocorrerá em até 30 dias, contados da data do cadastramento. A lista é única e agrega as principais empresas do setor: Algar, Claro/Net, Nextel, Oi, Sercomtel, Sky, TIM e Vivo. 

Segundo a Anatel, se uma pessoa solicitar a sua inclusão na lista do Não me Perturbe e continuar recebendo ligações de oferta de bens e serviços de telecomunicações, pode ligar para o número 1331 e fazer uma reclamação. As sanções podem variar de advertência a multa de até R$ 50 milhões.

Reclamações

De acordo com a agência reguladora, de janeiro de 2016 a junho de 2019, foram registradas 86.493 reclamações referentes a ligações indesejadas. Segundo a Anatel, a lista do Não me perturbe vale para todo o Brasil e não substitui os cadastros geridos por Procons em algumas Unidades da Federação.

Heloisa Cristaldo /Agência Brasil
Descarte de eletroeletrônicos deve entrar em consulta pública

Descarte de eletroeletrônicos deve entrar em consulta pública


O governo federal deve disponibilizar para consulta pública até a próxima semana a proposta de acordo setorial para logística reversa de produtos eletroeletrônicos.


Emerson Ferraz/GPE/SECOM
O governo federal deve disponibilizar para consulta pública até a próxima semana a proposta de acordo setorial para logística reversa de produtos eletroeletrônicos. Segundo o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André Luiz Felisberto França, o texto foi elaborado em parceria com as empresas que tomaram a iniciativa sobre o tema. “Esses diálogos e esses compromissos se materializaram em uma proposta de acordo setorial nacional para o setor eletroeletrônico que nós próximos dias será colocada em consulta pública”, disse ao participar da FIEE Smart Future, feira de negócios do setor elétrico e eletrônico.

Na logística reversa, indústria e comércio ficam responsáveis por garantir o descarte adequado dos produtos. O sistema está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrou em vigor em 2010. Os eletroeletrônicos podem causar impactos no meio ambiente caso sejam tratados como lixo comum. Alguns componentes são feitos com materiais de alto valor que podem ser reaproveitados caso haja um processo de reciclagem adequado.

França destacou ainda que a proposta ajuda a colocar em prática pontos da política de resíduos sólidos que foram negligenciados nos últimos anos. “Uma discussão que se arrastava por nove anos, nesse curto espaço de tempo chegamos a uma proposta que representa ousadia e ao mesmo tempo exequibilidade para que tenhamos uma gestão mais sustentável do serviço de eletroeletrônicos no país”, ressaltou o secretário sobre o acordo.

O texto deverá ficar disponível para receber contribuições por 30 dias, antes da elaboração final dos termos.

Os temas como gestão de resíduos e saneamento, ligadas ao meio urbano, são, segundo França, o foco da atual gestão do Ministério do Meio Ambiente. “A convicção que os principais problemas ambientais se encontram nas cidades, que abrigam 85% da nossa população”, enfatizou. Ele apontou como exemplo, o fato de ainda existirem 2,5 mil lixões no país.

São Paulo

Em outubro de 2018, entrou em vigor em São Paulo a regulamentação estadual da Política Nacional de Resíduos Sólidos feita por lei em 2015. De acordo com as regras, empresas com mais de mil metros quadrados de área construída que não apresentarem um plano para destinação do lixo decorrente dos seus produtos podem ser punidas.

Em 2021, será a vez de todos os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ordinário. A meta inicial para as empresas é redução de 22% em peso dos resíduos recicláveis secos que são levados para aterros sanitários.

Estão incluídos na regulamentação diversos setores, como o de lubrificantes de carros, baterias automotivas, pilhas e baterias portáteis, lâmpadas fluorescentes, pneus, agrotóxicos, tintas imobiliárias, óleos comestíveis, produtos alimentícios, bebidas, produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produtos de limpeza, produtos eletroeletrônicos de uso domésticos, medicamentos domiciliares.

Daniel Mello/Agência Brasil
ANS limita reajuste de planos de saúde individuais e familiares a 7,3%

ANS limita reajuste de planos de saúde individuais e familiares a 7,3%


O reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares com aniversário entre maio de 2019 e abril de 2020 não poderá ultrapassar 7,35%. 

Arquivo/Agência Brasil
O reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares com aniversário entre maio de 2019 e abril de 2020 não poderá ultrapassar 7,35%. O limite foi anunciado nesta terça-feira (23) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e será publicada no Diário Oficial da União de amanhã (24). 

A ANS mudou a metodologia do cálculo que define o limite do reajuste, após oito anos de estudos e discussões com o setor e a sociedade. Pela primeira vez, a agência combinou o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA), calculado por ela própria, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), sem o subitem plano de saúde. O IPCA é o indicador oficial que mede a inflação na economia brasileira e é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IVDA mede a variação dos custos com atendimento aos beneficiários de planos de saúde e tem peso de 80% nessa nova metodologia da ANS. Já o IPCA (sem o subitem planos de saúde) tem peso de 20% e serve para considerar os custos das operadoras com despesas de outras naturezas, como as administrativas. 

O percentual máximo para reajuste autorizado para 2019 é o menor desde 2010. No ano passado, a agência autorizou reajustes de até 10% para os planos individuais e familiares, e, nos três anos anteriores, o reajuste máximo ficou na casa dos 13%.

A agência orienta os beneficiários a observarem se os reajustes aplicados serão iguais ou inferiores a esse limite e se a cobrança reajustada está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato.  

Segundo dados da agência reguladora, em 2018 o número de procedimentos realizados com a cobertura dos planos de saúde aumentou 5,4%, enquanto o número de beneficiários permaneceu praticamente estável, variando de 47,15 milhões em 2017 para 47,26 milhões em 2018. 

O limite de reajuste é válido para os planos de saúde individuais ou familiares médico-hospitalares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98. Esse grupo inclui atualmente 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica - aproximadamente 8 milhões de usuários.  

Vinícius Lisboa/Agência Brasil

domingo, 17 de novembro de 2013

 Capas  das  principais  Revistas do país  desta  semana, destacam a prisão dos condenados do mensalão

Capas das principais Revistas do país desta semana, destacam a prisão dos condenados do mensalão




Por CN1/Luiz Carlos Jr.

Domingo, 17 de novembro de 2013










A revista Veja desta semana,  trás uma reportagem completa sobre a prisão dos condenados no maior escândalo de corrupção da história.



Uma lição
O Supremo Tribunal Federal decreta a prisão dos condenados no maior escândalo de corrupção da história e mostra que está mesmo disposto a devolver aos cidadãos de bem a confiança no Poder Judiciário

A Revista Isto é, também destaca a prisão dos condenados do mensalão.




A Revista Época também desta semana, traz a seguinte manchete de capa: Nunca antes neste país. O cárcere que liberta a República . Com a prisão dos condenados no julgamento do mensalão, pela primeira vez na história do país as algemas servirão ao avanço do princípio que consolida uma democracia: todos são iguais perante a lei