quinta-feira, 10 de março de 2016

MST invade afiliada da TV Globo em Goiânia; ANJ repudia ato

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Quinta-Feira, 10 de março de 2016


Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) invadiram, na moite de  terça-feira, 8, a sede do Grupo Jaime Câmara, em Goiânia, que abriga veículos como TV Anhanguera - afiliada da Rede Globo -, jornais O Popular e Jornal Daqui e rádio CBN. Segundo informações do site de O Popular, o grupo era formado por cerca de 70 pessoas.

Os manifestantes, em sua maioria, estavam com o rosto coberto. As paredes da empresa foram pichadas com frases como "Não vai ter golpe", "Fora Globo" e "Globo e ditadura de mãos dadas - Fora".

Um vídeo feito durante a ocupação e publicado na página do jornal mostrava o grupo gritando a frase "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". Não foram registrados confrontos, de acordo com O Popular.

O jornal noticiou que, após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou a manifestação. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com representantes do MST.

Nota da Associação Nacional dos Jornais (ANJ)
Em nota divulgada nesta quarta-feira, 9, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiou a invasão pelo MST ao Grupo Jaime Câmara. Para a entidade, que representa os principais veículos de comunicação do País, o episódio foi um "ato criminoso próprio de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático."

A ANJ ressalta ainda que os jornais e demais meios de comunicação "não se deixarão pressionar por essas manifestações de intolerância e autoritarismo" e lamenta "que o vandalismo seja usado contra os meios de comunicação, que cumprem sua missão de informar a sociedade".

"Ao invadir e pichar o Grupo Jaime Câmara, buscando intimidar e constranger seu trabalho jornalístico, os integrantes do MST atingiram o direito dos cidadãos de serem livremente informados", diz a nota.

Além de criticar o ato, a associação disse aguardar que as autoridades identifiquem os responsáveis pelo caso para que sejam punidos na Justiça.

Noticias UOL


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