quinta-feira, 13 de outubro de 2011

BR-135 continua sendo uma das estradas mais perigosas do estado

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Por Sandra Viana



Apenas ontem a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou quatro acidentes - três deles entre às 6h e 7h da manhã. Eram 6h30, quando, no trecho urbano da rodovia BR-135, Maracanã, um ônibus freou bruscamente após uma carreta atravessar sua frente. A manobra causou a colisão do ônibus com outro veículo. Minutos após, uma picape modelo Strada bateu violentamente na traseira do ônibus. O condutor da picape, Francisco Araújo dos Santos, 68 anos e o passageiro Manoel Galeno foram socorridos e encaminhados ao hospital em estado grave.






 (HONORIO MOREIRA/OIMP/DPRESS)


O terceiro acidente foi outro caso de colisão, desta vez entre dois veículos e causando apenas perdas materiais. A quarta ocorrência teve vítima fatal e ocorreu no km 6,5, próximo a Pedrinhas, por volta das 18 horas.


Segundo o plantão da PRF, um veículo se chocou contra uma bicicleta. O condutor da bicicleta, um homem de 49 anos, morreu no local. A agente de plantão atribuiu grande parte de ocorrências deste tipo a falta de atenção dos condutores. Maiores informações sobre as ocorrências do dia, a agente de plantão informou só divulgar a partir da meia noite, após receber os relatórios das equipes do dia.

Os registros aconteceram paralelos ao cancelamento da licitação das obras de duplicação da BR 135. A decisão deixou preocupados moradores do entorno, que convivem com o risco constante de acidentes. O trecho incluído na reforma de duplicação vai da Estiva até Bacabeira, totalizando pouco mais de 100 metros de nova via.

Para que o processo seja retomado deve passar por reelaboração, com base em novo modelo de edital a ser criado. A determinação é da atual direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), devido a crise no Ministério dos Transportes. Moradores da área esperam que este processo seja realizado em regime emergencial, dados os índices de acidentes registrados no trecho.

Dono de um bar à beira da estrada, no km 4, Tibiri, o comerciante James Ferreira Silva, 42 anos, diz já ter presenciado vários acidentes - geralmente colisões. "Eu trabalho aqui há 14 anos e vejo o risco que quem anda nessa BR corre. Demorou esse tempo pra sair a reforma de ampliação, e agora, cancelado, fica ruim pra gente", disse ele.


O mesmo pensa o eletricista Oceandro José Nascimento Pereira, 31 anos. Ele faz corridas diárias no trecho da BR, realizando serviços de manutenção em empresas da área. "Tenho medo, ainda mais porque sei que ninguém respeita motoqueiro e acha que todos somos imprudentes. Ando aqui sem saber se vou retornar com vida", ressaltou ele.
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