Quinta-feira, 06 de junho de 2013
Já
era esperado. Estava tudo arrumadinho. O próprio advogado do pistoleiro
de aluguel Jonhatan Sousa, Pedro Jarbas, antecipou há duas semanas que o
depoimento do seu cliente pode mudar todos os rumos do caso Décio Sá.
Assassino confesso da morte do jornalista em 23 de abril do ano
passado, o pistoleiro negou quase tudo que contém nos depoimentos
prestados para os delegados que investigaram o caso.
Como se lhe faltasse a memória, disse que não conhece os mandantes do
crime e deu um novo nome para o contratante. um tal de Neguinho Barrão.
Jonhatan Souza, como se tivesse encenado a peça apresentada hoje,
falou que não conhece Gláucio e muito menos o pai Miranda e que seus
depoimentos iniciais foram dados sob pressão.
Falou que aceitou dizer o que os delegados queriam com receio de
morrer. Informou que tinha medo de ir para Pedrinhas e lá ser
assassinado. “Por isso, decidi colaborar e aceitar o que eles queriam”,
disse.
O pistoleiro disse que conheceu o Neguinho Barrão em Santa Inês e que
a partir daquele momento aceitou fazer os trabalhos para o empresário
Júnior Bolinha, incluindo as mortes de Fábio Brasil, em Teresina, e
Décio Sá, em São Luís.
Contou que não recebeu o dinheiro todo desde o primeiro “serviço” e
não soube explicar como fez o segundo se sequer recebeu o primeiro.
O assassino, que estava trajando roupas de marcas e tênis de grife,
chegou a afirmar que boa parte dos depoimentos prestados pelos delegados
estava pronto e que citou o nome do deputado Raimundo Cutrim a pedido
deles.
Ele isentou do crime os agiotas Gláucio e Miranda e apenas envolveu o
nome de Júnior Bolinha. Essa estratégia vinha sendo montada desde as
visitas constantes dos advogados dos agiotas ao próprio Jonhatan em
presidio fora do Maranhão, o que sugere que houve um acerto entre os
advogados das partes.
Do Blog do Luis Cardoso
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