Sexta-Feira, 12 de julho de 2013
Corpo da criança será examinado no IML, em São Luis.
Essa não é a primeira vez que isso acontece. Acontecia no passado e continua na gestão atual do HAPA. Na quarta-feira, dia 10, por volta das 20h, uma mulher chegou ao Hapa, sentindo dores e foi direto para a sala de parto. Um funcionário do hospital a colocou numa cadeira de rodas e a levou à sala de parto, enquanto a irmã dela, Eroneide Soares, preenchia a ficha na recepção.
Na sala de parto Irone foi recebida por uma zeladora, uma vez que, segundo ela, não havia nem médico nem enfermeira no local. Enquanto Eroneide fazia a ficha, a zeladora fez o parto em questão de segundos e deu a má notícia à mãe: “sua filha nasceu, mas está morta”.
A criança estava com a cabeça cheia de hematomas e sangrando pela boca e nariz. Segundo Eroneide, o hospital não eu nenhum tipo de informação à família: “A única coisa que eles disseram é que enfermeira e médico estavam jantando naquele momento e minha irmã foi atendida por uma zeladora”.
Revoltado, Erisvado dos Santos, o pai da criança, procurou a delegada Mery Jane e registrou um B. O. A delegada determinou que o corpo da recém-nascida fosse levado a São Luis, onde será examinado no IML – Instituto Médico Legal, para que seja examinado e descoberta a causa da morte.
Na residência da pequena Ana Clara (nome que seria dado à criança), a tristeza e a revolta dominam o semblante de todos. A tia da criança, com os olhos marejando, mostra o quarto enfeitado, à espera de uma criança que era aguardada com muita ansiedade por todos.
Berço, guarda roupa e cômoda. Coloridos e, ao mesmo tempo, sem cor. “Minha irmã gastou o que não tinha, para receber esta criança e aí está, o presente que ela recebeu, (o bebê) dentro de uma caixa de papelão”, indigna-se a irmã.
Vizinhos também criticam a falta de assistência adequada ao parto de Irone. Membros do Conselho Tutelar acompanham o caso.
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