domingo, 22 de fevereiro de 2015

Médica que mandou cortar pênis do ex-noivo foge da prisão; advogado nega

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Domingo, 22 de fevereiro de 2015


A médica Myriam Priscilla Rezende de Castro, que mandou cortar o pênis do ex-noivo em Juiz de Fora, na Zona da Mata, está foragida do Complexo Penitenciário Estevão Pinto, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, há quase um mês. De acordo com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Myriam recebeu autorização da Justiça para trabalho externo, porém não retornou à unidade desde o dia 28 de janeiro. 

Condenada a seis anos de prisão, a médica cumpre pena desde abril de 2014 e, em junho, ela teve permissão para trabalhar. A Suapi informou também que o nome da detenta já está no Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen), e por isso, ela pode ser presa a qualquer momento. 

O advogado Giovanni Caruso Toledo, que representa Myriam Priscila de Rezende Castro, rebate a informação da Suapi. Segundo ele, a médica está grávida de gêmeos, passou mal no dia 28 e desde então está internada em uma maternidade de BH. 

Toledo afirma ainda que dias antes do ocorrido, ele já havia feito um pedido de prisão domiciliar ao juiz, uma vez que a gestação é de risco. Mas, em virtude da internação, que também foi comunicada ao magistrado, a solicitação nem chegou a ser analisada. 

Conforme o advogado, Myriam está com quadro de anemia, pressão alta, risco de pré-eclâmpsia e dilatação do útero já em torno de 40%. Além disso, um ultrassom realizado nessa sexta-feira teria constatado falta de nutrientes a um dos bebês, o que pode inclusive antecipar o parto a partir da semana que vem (mesmo fora do tempo normal para uma gestação segura). 

A defesa garante que o juiz responsável pelo caso está ciente de todas as informações. Toledo se comprometeu a enviar à reportagem, ainda hoje, a documentação que comprove a internação de Myriam. A Suapi informou que tanto a médica quanto o advogado dela não apresentaram nenhum exame de gravidez e a detenta não quis fazê-los na penitenciária. Toledo afirma que os exames não foram apresentados à penitenciária porque teriam sido anexados ao processo e entregues ao juiz.

Por  Rafael Passos , Paula Carolina /Estado de Minas
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