CN1 e WF
Quarta-Feira, 03 de junho de 2015
O auditório do IBEC (Centro Educacional Monsenhor Pedro Santos) ficou lotado, pais de alunos, professores e representantes das comunidades, ouviram atentamente as explicações dos assessores jurídicos e da contabilidade, referente a aplicação dos recursos do Fundeb na educação municipal e sobre o abono salarial dos professores, motivo da greve decretada pelo sindicato.
A audiência publica convocada pelo Conselho Municipal de Educação e Secretaria de Educação foi realizada nesta terça-feira (02).
De acordo com o procurador do município Josyfrank Santos, mesmo com os salários em dia, a greve está prejudicando o andamento do ano letivo. Por causa da greve, os alunos não foram avaliados pelo programa Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas.
"Nós já tentamos várias vezes manter um diálogo com o sindicato através do Ministério Público, mas não foi possível por causa da intransigência da presidente do sindicato. A lei da greve é bem precisa nos seus artigos quando ela menciona o seguinte; a greve para ser deflagrada é quando se esgota todas os acordos, portanto, a greve é a última solução. Esperamos que o sindicato entenda o lado da secretaria de educação e da própria administração com base da legalidade e da possibilidade de se repassar ou não o abono", disse o procurador.
A procuradoria juntamente com a assessoria jurídica do município estará protocolando na justiça pedindo o fim da greve, caso não haja consenso.
Participaram do evento; professores, pais de alunos, representantes
das comunidades quilombolas, vereadores, secretários, procurador do
município, assessoria jurídica e o prefeito Omar Furtado.
O prefeito, reafirmou que está fazendo um grande esforço para manter o diálogo, e pediu aos professores que retornem à sala de aula, evitando maior prejuízo aos estudantes.
Omar Furtado, disse que o abono salarial para os professores foi implantado na sua gestão de 2005 a 2008, sempre no final do ano, sem nenhuma pressão sindical, porque havia sobras, afirmando que nenhum outro gestor fez isso com a classe dos docentes de Brejo. Ele falou da grave crise econômico-financeira que os municípios atravessam, agravada com a situação do País.
Omar Furtado, disse que o abono salarial para os professores foi implantado na sua gestão de 2005 a 2008, sempre no final do ano, sem nenhuma pressão sindical, porque havia sobras, afirmando que nenhum outro gestor fez isso com a classe dos docentes de Brejo. Ele falou da grave crise econômico-financeira que os municípios atravessam, agravada com a situação do País.
Francisca das Chagas |
Francisca das Chagas Nunes, representante de 7 comunidades quilombolas, disse que apoia os professores, mas é contra a greve. "Os nossos filhos estudam na rede pública, enquanto os filhos dos professores estudam em escolas particulares", disse Francisca.
Atualmente Brejo conta com 527 professores, pouco mais de 150 aderiram a greve.
A secretária da Educação Samia Furtado, reforçou que o governo municipal tem buscado o entendimento a todo o momento, mas que infelizmente o sindicato insuflou a categoria com falsos discursos sobre o pagamento do abono. "Os salários dos professores estão dia, com todos os direitos que eles tem, amparados por Lei. A secretaria de Educação, ultrapassou inclusive, o percentual mínimo de despesas com pagamentos de professores", disse Samia Furtado que completou. "O mais importante é cumprir com as obrigações, pagar em dia os salários como todos os direitos garantidos e valorizar o pagamento mensal dos servidores da Educação, depois, se houver sobras, no dia 31 de dezembro, darei em forma de 14º salários aos professores como sempre fiz",concluiu.
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