Operação 'Custo Brasil', desmembramento da Lava Jato, cumpre 11 mandados de prisão e apura propina de R$ 100 mi.
Estadão Conteúdo
Quinta-Feira, 23 de junho de 2016
As ações para cumprir os mandados acontecem nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da Federal, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
Ministro Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira em operação da Polícia Federal que investiga propina de R$ 100 milhões
Foto: Divulgação
A ação da PF, feita em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, apura o pagamento de propinas, provenientes de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Há indícios, de acordo com a PF, de que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado.
"Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados", afirma a PF em nota.
O inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documentação arrecadada na 18ª fase da Lava Jato, conhecida como Pixuleco II, fosse encaminhada para investigação em São Paulo.
Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de dois a 12 anos de prisão.
Os presos e o material apreendido na ação serão encaminhados à sede da Polícia Federal em São Paulo. As pessoas conduzidas de forma coercitiva serão ouvidas nas instalações da PF mais próximas dos locais em que forem encontradas.
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