sábado, 29 de fevereiro de 2020

Traficante condenado a 73 anos de prisão foge ao deixar cadeia para trabalhar

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O traficante Cosme Roberto dos Santos, o Macumba, condenado a uma pena de 73 anos de prisão por crimes como homicídio, extorsão mediante sequestro e tráfico de drogas, fugiu da cadeia e está foragido. As informações são do  Extra Online.

Santos estava preso há 25 anos e, em 13 de agosto do ano passado, ganhou, da Justiça, autorização para trabalhar fora da cadeia. Ele havia sido contratado para trabalhar numa empresa de Educação à Distância, na Penha, Zona Norte do Rio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Treze dias depois, o crimininoso, entretanto, deixou o Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo de Gericinó, onde cumpria pena no regime semiaberto, e não mais voltou.

Em setembro de 2019, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou a expedição de um mandado de prisão contra o traficante. Santos foi preso em 1995. Na ocasião, ele era apontado pela polícia como chefe do tráfico do Morro da Mineira, no Catumbi, Centro do Rio.

Quando foi preso, pela Divisão Antissequestro (DAS), Santos era suspeito de envolvimento no sequestro de John Mendes Reis, filho do então deputado estadual Albano Reis. À época, John tinha 14 anos e havia sido capturado por criminosos quando deixava um baile funk no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, Zona Sul. Após a prisão de Santos, o adolescente foi liberado mesmo sem o pagamento do resgate. A polícia havia descoberto que a quadrilha de sequestradores era oriunda do Morro da Mineira, dominado por Cosme.

Os sequestradores anunciaram ao adolescente que o libertariam na noite de 25 de junho, logo após o John ter escutado, pelo rádio, a final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense, que terminou com a vitória do Flu com gol de barriga de Renato Gaúcho. Ele permaneceu 15 dias no cativeiro. Após a libertação do adolescente, o delegado Hélio Luz, então titular da DAS, exaltou a atuação da polícia no caso.

Na cadeia, Santos já cometeu três faltas graves e chegou a ficar em isolamento, com visitas suspensas por 30 dias em 2007. Em 2011, recebeu um elogio do diretor da Penitenciária Gabriel Castilho por ter trabalhado numa obra na unidade: "O diretor elogia, o interno uma vez que trabalhou, com dedicação e esmero, na reforma do patio de visita e da sala da Defensoria, nos mostrando assim, que é possivel a ressocialização e a reintegração a sociedade". Estava prevista para outubro de 2025 a progressão de Santos para o regime aberto.
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