quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Maranhão notificou 882 novos casos de hanseníase no primeiro semestre de 2020

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Maranhão reduz 3,5% o número de novos casos de hanseníase — Foto: Reprodução/Redes Sociais
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), durante o primeiro semestre de 2020, foram notificados 882 novos casos no estado e contabilizadas 990 curas de hanseníase no Maranhão. Em 2019, o estado reduziu em 3,5% o número de casos confirmados de hanseníase quando foram notificados 2.997 novos casos da doença, enquanto, em 2018, foram 3.105. As informações são do G1 MA.

No Maranhão, as unidades de referência são Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo e Hospital Aquiles Lisboa (HAL). “As unidades de referência continuaram abertas, porém no mês de maio e abril houve uma redução muito grande de atendimentos por conta da pandemia. Nesse período, houve uma pequena redução nos atendimentos eletivos, mas continuaram sendo realizados os atendimentos de emergência”, afirma Maria Raimunda Mendonça, do Programa Estadual de Controle da Hanseníase

No entanto, ainda que o número de casos de hanseníase no estado tenha caído 3,5% em 2019, segundo o Ministério da Saúde, o Maranhão concentra uma estatística anual que supera o registrado por todos os países da América do Sul juntos, de acordo com o levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em 2019, o Maranhão registrou, sozinho, 2.997 novos casos da doença, enquanto, em 2018, foram 3.105. Conforme os dados disponibilizados pela OMS, o Paraguai foi o país da América do Sul, depois do Brasil, que mais registrou casos da doença em 2018, acumulando 345 registros. O Maranhão também contabilizou mais casos que a Colômbia (324), Argentina (269) e Venezuela (245). O Brasil registrou, sozinho, 28.660 casos da doença e é o segundo país no ranking da hanseníase no mundo.

No total, somando os índices de todos os países, com exceção o Brasil, a América do Sul registrou um total de 1.392‬ casos em 2018, o que representa um índice menor que o registrado nos últimos cinco anos no Maranhão: 3.632 casos em 2014, 3.540 em 2015, 3.895 em 2016, 4.065 em 2017, 3.105 em 2018 e 2.997 em 2019.

Doença antiga e que sofre preconceito
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país no mundo que mais registra novos casos de hanseníase. Essa doença possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.

Veja, abaixo, algumas informações que você também precisa saber sobre o histórico dessa doença:
A hanseníase é uma doença crônica e uma das mais antigas da História, com registros que datam de 600 a.C.

Contagiosa, a enfermidade é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, capaz de infectar grande número de indivíduos.

Porém, é necessário um longo período de exposição ao bacilo para contrair a hanseníase. Por isso, uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

Até hoje, a notificação e investigação da hanseníase são obrigatórias.

O termo "lepra" e seus adjetivos é proibido no Brasil desde 1976 devido o preconceito social.

Fique atento aos sintomas

Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo

Perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;

Áreas com diminuição dos pelos e do suor;

Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;

Inchaço de mãos e pés.
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