segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Gastão Vieira alerta para os efeitos da reforma em ano de pré-eleição

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O deputado federal Gastão Vieira (Pros-MA) fez uma explanação de 17 minutos durante a apreciação dos destaques. “Cheguei nesta comissão há poucos dias, na qualidade de titular. Como gosto deste desafio de matérias complexas, que exige de nós um pensamento futuro, aceitei.

Estava no quinto relatório e não me senti a vontade para criticar o texto, uma vez que eu estava chegando no final. Mas fiquei observando os debates e quero chamar a atenção para os seguintes pontos”, declarou.

O parlamentar fez alguns questionamentos. “A quem interessa a reforma neste momento?”, perguntou.

“A minha experiência de seis mandatos parlamentares me mostra que toda reforma feita perto de período eleitoral é ruim. Ela mobiliza as bases, põe quem votou a favor em outdoor nas ruas, mas a essência não conheço nenhum tipo de benefício que essas reformas em ano eleitoral tenham trazido”, alertou.

“A reforma interessa ao ajuste fiscal? Vamos fazer essa reforma para diminuir nossas despesas? Só os pobres serão atingidos pelas medidas que definimos aqui. Então, porque fazer? Para nós, parlamentares,
aqueles que vão para os outdoors como ‘traidores da Pátria’ e aqueles que serão aplaudidos por defensores do funcionário público todos vão pagar um preço por pegar um assunto deste às vésperas de
um ano eleitoral”, avisou o deputado.

TERCEIRIZAÇÃO

Ele fez defesa da terceirização. “Vi alguns discursos da Oposição que me preocuparam, como vamos
fazer a reforma e deixar tudo como está? E bate com um ponto, o que trata da terceirização. Praticamente, as escolas hoje têm nos novos profissionais da Educação, além dos professores, incorporamos uma outra categoria de serventes, auxiliar de cozinhas, etc, – que são todos terceirizados”, revelou.

“Fui derrotado nas minhas teses do Novo Fundeb que eu queria diminuir de 60% que é empregado em pessoal para sobrar dinheiro para outras atividades. A oposição lutou até subir as despesas de 60% para 70% para proteger os terceirizados. Quer dizer: ali pode proteger os terceirizados, aqui é um crime de lesa Pátria”, frisou. 

CARREIRAS PARALELAS

Gastão também defendeu a criação de carreiras paralelas. “Gostaria de trabalhar mais ideias para que os
entes federados, estados e municípios, pudessem criar carreiras paralelas, de caráter temporário ou não, para pessoal de nível superior. Como é que vamos fazer face às mudanças democráticas, tecnológicas e de outra natureza neste mundo pós-pandemia? Os ocupantes das atuais carreiras, que não serão atingidos pela reforma, poderão ter acesso à essas novas carreiras, as carreiras paralelas, mediante ao preenchimento das mesmas exigências”.

Por último, reafirmou: “Voto a favor do relatório porque quero que vá ao Plenário. Nosso grande debate de mérito vai se dar no Plenário. Lá teremos a oportunidade de discutir e de tentar melhorar o texto”, disse. “Vou para o Plenário de espírito aberto para produzirmos um relatório que pode ser melhorado. Agora fazer reforma por reforma isso não concordo”, finalizou.

Fonte:  Jornal Pequeno
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