segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Gastão Vieira destaca legado de Luiz Phelipe Andrés

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O deputado federal Gastão Vieira destacou o legado do engenheiro naval Luiz Phelipe Andrés que morreu na noite de sábado (4), vítima de leucemia.

Gastão lembrou o papel fundamental desempenhando por Andrés para o título de Patrimônio da Humanidade de São Luís.

E afirmou que Andrés “adoeceu sem plano de saúde, ganhando menos que o teto do INSS, num pequeno apartamento de um conjunto habitacional”.

O corpo de Luiz Felipe Andrés será cremado após ter sido velado ontem, na Academia Maranhense de Letras (AML) e hoje no Estaleiro Escola.

Veja a homenagem de Gastão Vieira:

“Luiz Phelipe Andrès partiu nesta manhã de domingo, num barco do Estaleiro Escola, para sua viagem derradeira…

Cedo, ainda madrugada,com a insônia já presente ao meu lado, alguém pergunta aflito: “ ..é verdade que Luiz Phelipe morreu “? E eu, rápido: “não morreu, “encantou-se!”, e vai aparecer nas águas de Cururupu, numa Biana ,que com seu trabalho preservou.

Luiz Phelipe Andrès foi um dos últimos imigrantes a aportar em São Luís, numa imigração que começou no governo Sarney, passou pelo governo do Professor Pedro Neiva, e se apossou do nosso querer pelo Centro Histórico de prédios, ruas, becos e ladeiras.

Quando Cafeteira, outro esquecido nessa narrativa, decidiu restaurar nosso Reviver, Luiz Phelipe ali estava com sua compreensão da nossa importância, seu amor por nossa beleza lusitana.

Envolveu-se num projeto que custou 60 milhões de dólares, pouco estudado e divulgado, talvez por causa de Cafeteira, seu idealizador e executor.

A preparação para São Luís virar Patrimônio da Humanidade, onde foi um dos heróis ocultos, esquecidos, foi sua maior contribuição, de como comigo, Kátia Bogéa, Nerine, EliezerMoreira sonhou o sonho do Estaleiro Escola.

Seu maior objetivo era não deixar perder a engenharia naval de construção de nossas diversas embarcações, retida apenas na memória de seus construtores.

O tempo não lhe trouxe o reconhecimento, o sucesso merecido. As pessoas, talvez, por temer Phelipe, pelo que não fazia: não tinha inveja, não falava mal, não brigava por cargos, foram impiedosas com ele.

Adoeceu sem plano de saúde, ganhando menos que o teto do INSS, num pequeno apartamento de um conjunto habitacional.

Viva Luiz Phellipe Andrès, os que aqui ficam e resistem ao mesmo processo, choram por ti.

Vá em paz meu amigo”.

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