segunda-feira, 24 de abril de 2023

Domínio político de Natalino Salgado na UFMA começa a ganhar caráter de oligarquia

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O reitor usou uma portaria do Ministério da Educação para se manter no cargo, mesmo estando aposentado.

Por Antônio Padilha
De O Jogo do Poder, em São Luís

O estado do Maranhão é frequentemente apresentado na mídia e na bibliografia especializada como caso exemplar de “política oligárquica” no Brasil. Foi assim durante o período em que Vitorino Freire se manteve no poder por cerca de vinte anos [entre 1946 e 1964], no controle da máquina estatal, na onipresença da polícia e na manipulação eleitoral.

O enfraquecimento do vitorinismo decorrente de lutas políticas internas dessa oligarquia é uma das condições do aparecimento do sarneísmo, que enquanto oligarquia, durou por mais de 40 anos.

Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o atual reitor Natalino Salgado envereda pelos mesmos caminhos oligárquicos. O fato foi observado pelo radialista e vereador de São Luís, Marcial Lima (Podemos), que durante um programa de Rádio na Mirante destacou a manobra do reitor [Uma portaria do Ministério da Educação] para se manter no cargo, mesmo estando aposentado.

“Essa Portaria de Brasília que ele tem é mentirosa, é retrograda. É uma portaria vergonhosa para Universidade Federal do Maranhão”, disse o radialista.

“O professor Natalino tem 77 anos, quando ele completou 75 [anos] era para ter saído da reitoria da Universidade (…) Essa Portaria de Brasília que ele tem é mentirosa, é retrograda. É uma portaria vergonhosa para Universidade Federal do Maranhão”, disse o radialista.

Após criticar o processo eleitoral da UFMA, o radialista comentou que, por questão de ética, Natalino deveria abrir mão do cargo de reitor e também de coordenar um processo eleitoral do qual ele não pode votar e não pode ser votado.

“Ele não tem direito a voto porque ele é aposentado há 2 anos da Universidade. Ele ainda quer discutir processo eleitoral com essas coisas atrasadas na Universidade Federal do Maranhão. Uma eleição em que o peso é totalmente diferente. O peso já mudou em várias universidades do Brasil e aqui continua atrasado. Outra coisa, o sistema eletronico da universidade. Um empresa prestadora que vai conferir voto? Isso não existe”, disse Marcial.

“Professor Natalino, deixa a eleição da universidade ocorrer democraticamente”, pediu o radialista.
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