A assembleia convocada pelos moradores teve o objetivo de dar início ao processo de identificação como comunidade remanescente de quilombo. A ação foi coordenada pela equipe da secretaria Municipal da Igualdade Racial.
Por Luiz Carlos Jr./Portal CN1
Aconteceu no último sábado (12) uma assembleia de moradores da comunidade de Lagoa Amarela para dar início ao trâmite de reconhecimento da mesma como remanescente de quilombo.
Lagoa Amarela foi o maior quilombo do Maranhão durante a guerra dos Bem-te-vis ou Balaiada, que sob a liderança de Cosme Bento das Chagas, o Negro Cosme, se tornou símbolo de resistência e de liberdade para mais de 3000 pessoas, antes escravizadas. Apesar dessa referência, Lagoa Amarela ainda não é oficialmente reconhecida como território quilombola.
Com o objetivo de buscar o reconhecimento oficial, a Prefeitura de Chapadinha através da equipe da Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial, composta pela secretária Abdoanes Lago da Cruz, secretário-adjunto Hipólito Cruz e assessora especial Francisca Pessoa, esteve participando da assembleia convocada pelos moradores para poder dar início ao processo junto à Secretaria de Estado da Igualdade Racial. Nas suas falas, os secretários (titular e adjunto) enfatizaram a importância da certificação, pois através desse ato a comunidade terá prioridade em algumas políticas públicas, além de políticas específicas voltadas aos povos tradicionais nas áreas da saúde, educação, geração de renda, etc.
Participaram da reunião cerca de 50 moradores, que subscreveram a ata de autoidentificação, além do ativista social Maykon Lopes, de São Luís e as lideranças Valdir do Sindicato e Pastor Vanjo, da Assembleia de Deus.
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