Sexta-Feira, 24 de janeiro de 2014
Quem imaginava que o governo municipal começaria o ano mais frágil quebrou a cara. De uma única canetada, Belezinha se livrou da turma que engessava e impedia a atual gestão de se desenvolver, resolvendo assim boa parte do gargalo administrativo. Por outro lado, intensificou o trabalho de articulação política com outros segmentos, na tentativa de atrair novos aliados no parlamento e na mídia.
Com essa atitude, a prefeita e seu grupo demonstram que amadureceram politicamente. E que agora já sabem que política não se restringe somente ao lado técnico, mas também implica representação, estratégia, troca, cálculo e aposta. São esses ingredientes que formam as estruturas, moldam as alianças e definem a correlação de forças numa administração. São eles que permitem formar grupos e construir projetos de poder.
Para se sair bem nesse jogo complexo e comandar as peças no tabuleiro, é preciso cumprir à risca o manual de guerra política. Uma de suas lições diz que, numa batalha, quando um dos flancos se abre, é preciso reforçá-lo imediatamente a fim de que o inimigo não avance. E é exatamente isso que o governo vem fazendo: reforçando a equipe, estabelecendo novas alianças e, ao mesmo tempo, tocando as obras e os projetos.
Já a oposição - coitada! - parece que perdeu definitivamente o rumo. O atordoamento com os últimos lances da partida foi tanto que ela não consegue sair da zona cinzenta formada pelas piadinhas sem graça, futricagens, acusações sem nexo, denuncismo barato e ameaças veladas. Todo esse besteirol espalhado cotidianamente em redes sociais pode até atrair a atenção, mas não constrói a chamada alternativa que os oposicionistas pretensamente reivindicam e, portanto, a legitimidade perante a sociedade.
O resultado disso é uma cena grotesca, provinciana, onde meia dúzia de ressentidos se deleita despejando venenos contra a atual gestão, porém sem explicar por que foram incapazes de perceber as mazelas deixadas por décadas de governos anteriores. Mas não apenas isso: são também incapazes de dizer por que faziam parte de administrações que comprovadamente desviaram recursos e - o que é pior! - por que ainda sentem saudade de ex-gestores campeões de improbidade administrativa (alguns deles com condenações transitadas em julgado).
.
Como se vê, contradição é o que não falta nessa gente. Enquanto isso, o governo avança!
Ivandro Coêlho, professor e jornalista!
0 comentários: