O navio de nacionalidade sul-coreana Stellar Banner foi afundado pela Marinha do Brasil nesta sexta-feira (12) na costa do Maranhão. A operação começou por volta das 5h da manhã e seguiram o planejamento informado pelas autoridades ambientais. Veja o vídeo:
De acordo com a Marinha, o processo de preparação realizado para afunda o navio mercante contou com pareceres da Sociedade de Proteção e Indenização (P&I) e da organização ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), órgãos reconhecidos por boas práticas no setor ambiental. Também foi informado que nos próximos dias, quatro embarcações acompanharão de perto a região onde ocorreu o afundamento do navio para a verificação de possíveis objetos que possam se soltar ou até mesmo manchas de óleo que possam surgir no local.
A aeronave Poseidon, contratada pelo Ibama, também ajudou no monitoramento e acompanhou o afundamento do Stellar Banner. A Capitania dos Portos do Maranhão anunciou que manterá a fiscalização das atividades no local e contará com a parceria do Ibama e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema).
Entenda o caso
O navio mercante Stellar Banner carregava 275 mil toneladas de minério de ferro da Vale quando sofreu duas fissuras no casco no dia 25 de fevereiro, após ter saído do Terminal Portuário da Ponta da Madeira em São Luís. O Stellar Banner se deslocaria para um comprador que se localizava em Quingdo, na China.
Com a navegabilidade da embarcação sendo comprometida, o navio ficou ancorado na costa do Maranhão para ser avaliado e esperando o resultado final sobre as condições de embarcação. Com o surgimento da possibilidade de um grande desastre ambiental, a Marinha do Brasil montou um gabinete de crise em parceria com a Capitania dos Portos no Maranhão; do Comando do 4º Distrito Naval, em Belém; do Comando de Operações Navais, do Rio de Janeiro para solucionar o caso.
A Polaris Shipping, empresa dona do navio, solicitou o afundamento da embarcação e se responsabilizou se houvesse algum dano ao meio ambiente por causa do conteúdo que havia no barco. Leia nota:
"No documento entregue à CPMA, a armadora assume as responsabilidades com relação à carga que ficará a bordo do Navio e quaisquer outras reclamações futuras e declara que as operações são planejadas e serão executadas por pessoal com conhecimento técnico, habilidade e capacidade necessários, aplicando as medidas de segurança exigidas e utilizando equipamentos e embarcações adequados. Também comunica que está preparada para desenvolver outras ações contra ocorrências fortuitas indesejáveis"
No último sábado (6), a Marinha divulgou a decisão de afundar o Stellar Banner. Antes do afundamento, foi necessário um reboque para que o navio ficasse em águas mais profundas, e para isso, foi necessária a remoção de aproximadamente 145 mil toneladas de minério de ferro e 3,9 mil metros cúbicos de óleo do Stellar Banner. O navio tinha 20 tripulantes, sendo 12 coreanos e oito filipinos. Ninguém ficou ferido.
Investigação
Um inquérito foi aberto pela Superintendência da Polícia Federal (PF) no Maranhão para averiguar um possível crime ambiental no acidente. A Marinha informou que já existe um inquérito administrativo deve analisar detalhes do caso. A investigação também trabalha com a hipótese de falha humana ou a possibilidade da embarcação não ter condições de navegação no momento do encalhamento.
Fonte: Imirante.com
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