terça-feira, 7 de julho de 2020

Centro Tático Aéreo (CTA) retoma busca por trio de pescadores desaparecidos no Maranhão

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Os pescadores Lucas dos Santos, André Veras Silva e Francisco José Pereira de Araújo estão desaparecidos há 12 dias no Maranhão. — Foto: Reprodução/TV Mirante
O Centro Tático Aéreo (CTA) retomou nesta terça-feira (7) as buscas para encontrar os três pescadores que estão desparecidos há 12 dias, após saírem para realizar atividade pesqueira em Raposa, município localizado na Região Metropolitana de São Luís. As informações são do G1 MA, TV Mirante.

Os agentes se reuniram com pescadores da região para entender como funcionam as correntes marítimas e tentar descobrir o local exato onde o trio deveria estar. As informações vão ajudar o CTA a concentrar as buscas em um local mais exato onde os pescadores possam ter desparecido.

De acordo com o tenente-coronel Alci, chefe do departamento de resgate do CTA, as primeiras buscas realizadas na segunda-feira (6) não encontraram nenhum vestígio que possa indicar que tenha ocorrido um naufrágio com a embarcação onde os pescadores estavam.

"Após essa reunião que nós vamos ter com eles, nós vamos fazer exatamente o que eles nos passarem e vamos para a área onde eles vão nos determinar. E vamos acompanhar as marés para ver se a gente consegue encontrar algum vestígio dessa embarcação, porque é muito estranho. Já fazem 15 dias, não tem nenhum sinal de vida, nenhum um vestígio do que houve um naufrágio na área e por isso, vamos continuar as buscas para encontrar algum vestígio do que possa ter acontecido com eles", explicou.
Trio saiu do Porto do Braga, em Raposa (MA) — Foto: Reprodução/TV Mirante
Lucas dos Santos, de 18 anos; André Veras Silva, de 37 anos e Francisco José Pereira de Araújo, de 30 anos, saíram para pescar no dia 25 de junho. Os três saíram do Porto do Braga, em Raposa, em uma embarcação a motor tipo 'Biana.

Segundo as famílias, a expectativa é que eles retornassem para casa em cinco dias, como era de costume, o que não aconteceu. Angustiados, os parentes agora esperam uma resposta para o desaparecimento dos pescadores.

"O que a gente quer é ter uma resposta. A gente quer uma resposta, a gente quer uma notícia boa ou ruim, não interessa, a gente só quer uma resposta. Alguma coisa que possa acalmar a gente, porque é muito ruim a gente ficar nessa incerteza, ficar pensando 'aconteceu isso, aconteceu aquilo', é muito ruim. Amanhece e anoitece e a gente não faz nada", disse Cláudia Silva dos Santos, mãe de Lucas Silva.
Material de pesca usado pelos pescadores foi encontrado boiando em alto mar. — Foto: Reprodução/TV Mirante
Após os pescadores terem saído de casa, o material de pesca usado por eles foi encontrado boiando na Baía de Cangatá, na entrada da Baía de São José, cerca de 14 milhas da costa do litoral de Raposa.

"Ele [Lucas] saiu daqui dizendo que ia voltar com quatro dias. Quando deu cinco dias, eu perguntei pro meu marido: 'Magno, o Lucas ainda não chegou', e ele disse 'não, ele vai chegar amanhã'. Ai deu cinco dias, seis dias e todo dia eu ia no Porto do Braga me informar e ninguém dizia nada, só diziam que eles estavam pescando. Só que essas coisas já estavam em Ribamar, há três dias, depois que eles saíram e ninguém sabia. A gente só foi informado no domingo", disse a mãe de Lucas.

A colônia de pescadores de Raposa disse que não recebeu o material que foi encontrado pelo pescador de São José de Ribamar.

"Esses objetos que foram encontrados pelo presidente da colônia de São José de Ribamar, eles nunca foram entregues para a Raposa. A presidente, ela soube por fotos e oficialmente, ela nunca soube. Assim que ela teve conhecimento desses objetos que foram achados e eram dos pescadores, a colônia dos pescadores da Raposa tomou todas as medidas necessárias para que isso fosse relatado", explicou o advogado da colônia de pescadores da Raposa.

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