terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Maranhão desmatou 290km² da Amazônia durante a temporada 2019/2020

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Fogo avança pela Floresta Amazônica no Maranhão — Foto: Marizilda Cruppe / Greenpeace
O Maranhão registrou 290km² de desmatamento verificado entre agosto de 2019 e julho de 2020 na Amazônia Legal Brasileira, de acordo com dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As informações são do G1 Maranhão.

Segundo o Inpe, a taxa de desmatamento deste ano na Amazônia representa um aumento de 9,5% em relação ao período anterior (agosto de 2018 a julho de 2019), que registrou 10.129 km² de área desmatada.

Desmatamento na Amazônia entre 2019/2020 por estados. — Foto: Fernanda Garrafiel/Arte G1
Durante a pandemia da Covid-19, as queimadas na região da floresta amazônica no Maranhão cresceram 175% desde o dia 20 de março, quando o primeiro caso do novo coronavírus foi registrado no estado.

Ainda de acordo com dados divulgados pelo Inpe, entre 20 de março e 1º de julho, a Amazônia maranhense teve 40 focos de queimadas registrados em 2019, enquanto em 2020 foram 110 focos no mesmo período.

A maioria dos focos de incêndio em 2020 está na região sul do estado, onde a predomina o setor agropecuário. Confira o ranking de cidades com mais focos de queimadas durante a pandemia no Maranhão:

Balsas - 151 focos

Mirador - 128 focos

Grajaú - 76 focos

Fernando Falcão - 76 focos

Riachão - 62 focos

Alto Parnaíba - 61 focos

Carolina - 56 focos

São Raimundo da Mangabeiras - 28 focos

Tutoia - 25 focos

Tasso Fragoso - 23 focos

80% desmatada no Maranhão
Segundo especialistas, o Maranhão perdeu 80% da floresta amazônica nos últimos 70 anos. A floresta ocupa 1/3 do território estadual e o desmatamento entrou na agenda de discussão no I Workshop sobre a Amazônia Maranhense, em São Luís, com a temática “Um olhar Educativo sobre um Ambiente em Transformação”.

Das 10 maiores cidades do Maranhão, cinco estão dentro do bioma amazônico. Em todas essas cidades, os estudos indicaram perda da biodiversidade, mudanças relacionadas ao clima e comprometimento na qualidade de vida da população.
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