Por Luiz Carlos Jr./Portal CN1
Na última terça-feira (18), assumiu mandato de deputada federal pelo Maranhão na Câmara dos Deputados, a primeira suplente do PDT, Luciana Genésio. Ela entra na vaga do deputado Márcio Honaiser, que tirou licença por quatro meses. Além de Luciana, outros quatro suplentes estão exercendo mandato nas vagas dos titulares, são eles: Hildo Rocha (MDB) na vaga de Roseana Sarney (MDB), Dr. Allan Garcez (PP), na vaga de André Fufuca (PP), Dr. Remy Soares (PP) na vaga de Amanda Gentil (PP) e Dr. Benjamim (União) na vaga de Juscelino Filho (União).
Mas antes deles, outros seis suplentes já haviam tomado posse na Casa substituindo os titulares: Sílvio Antônio, Luciano Galego, Paulo Marinho Júnior e Henrique Júnior (todos do PL), nas respectivas vagas de Detinha, Josimar, Júnior Lourenço e Pastor Gil (PL). Na vaga de Aluisio Mendes (Republicanos), assumiu Mariana Carvalho (Republicanos) e na vaga de Marreca Filho (PRD), assumiu Wolmer Araújo (Solidariedade). Das 18 vagas de deputado federal que cabe ao Estado do Maranhão, até o momento, 10, já foram ocupadas por suplentes, o que equivale a mais de 50% da bancada.
Na Assembleia Legislativa do Maranhão, até o momento já assumiram mandatos os seguintes suplentes: Allan da Marisol (PRD), João Batista Segundo(PRD), Adelmo Soares PSB), Miltinho Aragão(PSD), Soldado Leite, (Podemos) Jota Pinto (Podemos), Pará Figueiredo(PL) e Zé Inácio (PT).
Na Câmara Municipal de São Luís, dos 19 partidos que elegeram vereadores em 2020, pelo menos 17 já deram oportunidades aos seus suplentes, sendo o caso do AVANTE o mais chamativo, pois elegeu apenas um vereador, Beto Castro, mas que já deu oportunidade a quatro suplentes. Conversando com o presidente municipal da legenda, o mesmo informou a mim que esse rodízio foi fruto de um acordo entre o grupo antes das eleições. O PL, que elegeu dois vereadores, já deu oportunidade até para o palhaço Tiririca Cover, que ficou na oitava suplência e que por ora ocupa o cargo de vereador na Câmara da capital. O PDT já deu posse a 6 suplentes somente nesta legislatura.
A prática do rodízio nas casas legislativas é uma forma dos partidos reconhecer e valorizar aqueles que contribuíram para a conquista dos mandatos, pois raramente um parlamentar se elege sem precisar do voto dos seus companheiros, não existe uma legislação que vede essa prática, pois os mandatos pertencem de fato aos partidos e estes são instituições com autonomia própria.
Em termos gerais, não há perdedores com a prática do rodízio. O titular da vaga, ao abrir mão em favor do colega, dá prova de espírito de grupo, de reconhecimento aos votos recebidos pela agremiação e ajuda a fortalecer o partido para a eleição seguinte. O suplente ganha a oportunidade de visibilidade, mesmo que por curto período e ficará mais estimulado para correr atrás de votos na próxima disputa, e isso ajudará no desempenho eleitoral do partido, que poderá inclusive ganhar mais uma vaga no pleito vindouro. O líder (presidente ou articulador) do partido mantém a agremiação coesa, fortalecida e a admiração de seus liderados, podendo transformar isso num grande capital político e eleitoral.
A prática do rodízio, por sua vez deve seguir uma regra de ouro: não aumentar as despesas da casa legislativa, por isso na maioria das vezes, a licença do titular se justifica por “licença para tratar de interesses pessoais”, e sendo assim, não cabe remuneração pelo período em que o mesmo estiver afastado
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