Portal CN1, com informações da SSP/MA
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) divulgou, nesta quarta-feira (30), os laudos periciais que confirmaram o envenenamento de um ovo de chocolate e a decorrente morte de membros de uma família no município de Imperatiz, na Região Tocantina. Por conseguinte, os laudos embasaram o indiciamento de uma suspeita, que havia sido presa horas após o crime, ocorrido no último dia 16 de abril. A suspeita foi indiciada por dois homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio qualificado.
Em entrevista coletiva, o secretário da Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins, apresentou os laudos periciais que confirmam o envenenamento de três pessoas de uma mesma família de Imperatriz após consumir um ovo de chocolate. Foram encontrados vestígios de um pesticida altamente tóxico, conhecido popularmente como chumbinho, nos materiais biológicos das vítimas, no ovo de chocolate e em materiais apreendidos com a suspeita.
“Conseguimos em tempo recorde esclarecer esse crime, a autora que envenenou três pessoas da mesma família, a mãe e dois filhos. Ela foi presa em menos de 10 horas após a prática do crime, foi uma resposta muito rápida, demonstrando a eficiência do nosso sistema de segurança pública, da nossa inteligência que está recebendo recursos justamente para auxiliar as investigações da polícia cívil”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Maurício Martins.
O inquérito já foi concluído pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz e remetido à Justiça. A suspeita, que inicialmente foi levada para unidade prisional em Santa Inês, foi trazida para presídio feminino em São Luís, onde vai aguardar julgamento.
Diante das provas, a suspeita foi indiciada pelos homicídios qualificados de Evillyn e Fernando e tentativa de homicídio qualificado contra a vítima Mirian Lira Rocha.
A perita geral do estado Anne Kelly Bastos explica como foi o processo de perícia do caso. "Em qualquer tipo de caso a gente trabalha de forma cautelar, antes mesmo que exista um processo em andamento, a gente tem que fazer a prova pericial, tem que ser solicitado, para que aqueles vestígios não se percam. No caso da perícia quanto mais tempo passa mais tempo a gente perde aquele vestígio e, nesse sentido, em conversa com o delegado de polícia de Imperatriz, foram solicitados os exames necroscópicos tanto da Evellyn quanto do Luís Fernando; os exames em vivo, porque também foram feitos exames nos próprio hospital, onde foi coletado material biológico, sangue e urina da mãe e da Evellyn, exames biológicos, que foram encaminhados aqui pra São Luís, e exame toxicológico no material que foi apreendido com a suspeita e no próprio ovo que foi encontrado na casa", afirmou.
O resultado ágil e rápido se deu por ação conjunta da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Delegacia Regional de Imperatriz, Delegacia Geral, Delegacia Regional de Santa Inês; Centro de Inteligêncis da SSP e a Perícia Oficial em Imperatriz e São Luís.
“São essas ações esse avanço do governo do estado que facilita e possibilita essas investigações da polícia judiciária ser tão celere e eficaz como foi o caso desse envenenamento com o ovo de Páscoa, em Imperatriz”, destacou o delegado-geral da polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida.
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