quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Golpe do Novo Número: operação bloqueia cerca de R$ 120 mil e cumpre quase 50 mandados em Goiás, Maranhão e mais cinco estados

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Por Tatiane Barbosa, Guilherme Barbosa, g1 Goiás e TV Anhanguera

Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil faz uma operação contra um grupo suspeito de aplicar o "golpe do novo número", em que os criminosos se passavam por familiares das vítimas para solicitar transferências de dinheiro. Ao todo, são cumpridas 47 medidas cautelares em 13 cidades, incluindo o bloqueio de bens de, aproximadamente, R$ 120 mil. De acordo com a corporação, até a tarde desta quinta-feira (14), 20 pessoas foram presas temporariamente.

Veja os locais com mandados:

Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso, Pará e Tocantins.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e, por isso, o g1 não obteve contato com a defesa.

No total, 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Segundo a polícia, em Goiás, os mandados foram nas seguintes cidades: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Bonfinópolis, Silvânia, Caldas Novas.

Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado Thiago César de Oliveira contou que a operação começou em 2021, após uma vítima idosa ter um prejuízo de, aproximadamente, R$ 120 mil.

"É um golpe antigo, mas que infelizmente muitas pessoas acreditam devido ao uso de imagens reais de familiares que eles obtêm de redes sociais", explicou o investigador.

Entenda como funciona o golpe

De acordo com a Polícia Civil, o golpe era realizado da seguinte forma:

   1. O golpista comprava dados e informações pessoais pela internet;

   2. Depois, procurava nas redes sociais informações de familiares das vítimas;

  3. A partir do uso indevido da imagem das pessoas, ele aplicava o "golpe do novo número" fazendo contato com a família a partir de uma história de dificuldade e necessidade de dinheiro.

O delegado ressaltou que são mais de 50 investigados já descobertos. "Desse grupo, só registradas, foram mais de 150 ocorrências. O prejuízo não conseguimos estimar, mas passa de milhões de reais", disse.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, o grupo é investigado por associação criminosa, estelionato qualificado pela fraude eletrônica e lavagem de capitais.

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