terça-feira, 23 de setembro de 2025

Polícia Civil do Maranhão prende suspeito de desviar R$ 107 milhões do Banco da Amazônia, no Pará

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Foto: Reprodução/Redes sociais
A Polícia Civil do Maranhão, em apoio a Polícia Civil do Pará, deflagrou na manhã desta terça-feira (23) mais uma etapa da Operação Porta 34, que investiga uma fraude milionária contra uma agência do Banco da Amazônia da cidade de Belém, no Pará, em julho deste ano. O desvio financeiro chegou a mais de R$ 107 milhões.

As equipes policiais estiveram em endereços ligados a um homem, identificado como Arlison Lima Queiroz, de 35 anos, que segundo as investigações, teria sido o responsável em recrutar um servidor do banco e viabilizar a instalação de dispositivo clandestino que permitiu o desvio financeiro.

“A agência hackeada foi a de Santa Inês, mas todas as contas afetadas pertenciam à agência de Belém. O dispositivo foi inserido apenas uma vez e, em questão de cinco minutos, R$ 107 milhões foram desviados", explicou o delegado da Polícia Civil do Pará, Tainan Melo.

O processo de retirada do dinheiro foi totalmente automático. O microchip roubava as senhas dos gerentes, identificava as contas previamente selecionadas pelos criminosos e validava as operações com as duas autorizações necessárias.

“Toda retirada exige duas senhas de gerentes. Esse dispositivo já contava com ambas, retirou o dinheiro, aplicou as senhas e, em cinco minutos, R$ 107 milhões foram desviados. Uma parte significativa já foi recuperada pelo próprio sistema bancário, via PIX”, acrescentou o delegado.

As ordens judiciais foram cumpridas em São Luís e na cidade de Santa Inês, onde Arlison Lima foi localizado e preso. Na oportunidade, foram apreendidos dispositivos eletrônicos e documentos que serão analisados pericialmente.

Agora, as investigações seguem sob coordenação da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE/DEOF). A ação contou com o apoio operacional de policiais civis da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês.

"O que se apura agora é o destino do restante do dinheiro. Há indícios de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e fraude bancária. Certamente, valores milionários não são movimentados por uma ou duas pessoas, mas por dezenas de envolvidos", destacou o delegado regional de Santa Inês, Alisson Guimarães.

Em nota, o Banco da Amazônia informou que colabora com as autoridades e reforçou que repudia qualquer conduta ilegal relacionada às suas operações.

Fonte: Imirante.com 
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