segunda-feira, 15 de março de 2021

Ludhmila Hajjar recusa convite para o Ministério da Saúde e cita 'cenário sombrio'

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A cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Eduardo Pauzello. Segundo ela, não há "convergência técnica" com o governo. As informações são do G1, via Meio Norte.

Em entrevista à GloboNews, Ludhmila defendeu medidas de isolamento social para reduzir a mortalidade e prioridade à negociação de vacinas. "Cenário no Brasil é bastante sombrio", afirmou.

Segundo ela, o que o governo esperava não se encaixa no seu perfil, qualificação e linha que segue. "Penso pra isso neste momento, para reduzir as mortes, tem que reduzir a circulação das pessoas, de maneira técnica e respaldada por dados científicos."

A médica também defendeu que o Ministério da Saúde se preocupe em orientar equipes médicas sobre a melhor forma de atender pacientes com Covid-19, criando referência nacional de protocolo. "Não dá para esperar dezembro a população ser vacinada."

"O Brasil precisa de protocolos, e isso é pra ontem. (...) Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. (...) Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam."

"É um desejo meu que quem vá substituir o Pazuello tenha autonomia. Depende uma mudança do governo, do que pensa sobre a pandemia."

Os outros nomes cotados para o cargo agora passam a ser os do cardiologista Marcelo Queiroga e o do deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o "Doutor Luizinho". Ele precide a comissão especial do Congresso que acompanha a Covid-19.

Ludhmila se reuniu no domingo (14) por quase três horas com o presidente. O atual comandante da pasta, Eduardo Pazuello, participou do encontro, em que a médica foi consultada se aceitaria suceder o general.

O nome da médica encontrava respaldo entre parlamentares e integrantes do Supremo Tribunal Federal. No domingo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Lira disse numa rede social que o enfrentamento da pandemia “exige competência técnica” e “capacidade de diálogo político” e que enxerga essas qualidades em Ludhmila.










































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