Por Portal CN1*
O plenário da Câmara concluiu na quinta-feira (13) a votação da proposta que altera procedimentos para o licenciamento ambiental no país (projeto de lei 3729/2004). O deputado federal Gastão Vieira (PROS-MA), votou contra o projeto bolsonarista que incentiva à devastação ambiental.
O parlamentar alerta que a flexibilização da legislação ambiental terá um impacto a médio prazo, pois reduz as possibilidades de controle dos impactos ambientais.
"Votei contra o Projeto de Lei 3729/2004 que incentiva o desmatamento, e desobriga de licenciamento ambiental, diversos empreendimentos, como pecuária e cultivo agrícola. A aprovação do PL 3729/2004 terá um impacto a médio prazo, pois reduz as possibilidades de controle dos impactos ambientais, ameaçando as florestas, a Amazônia e o equilíbrio climático", destacou o deputado Gastão Vieira.
Além do deputado Gastão Vieira, os deputados Bira do Pindaré e Zé Carlos da Caixa foram os que saíram em defesa dos índios, quebradeiras de cocos, quilombolas e lavradores rurais ameaçados pelo avanço da política desenvolvimentista do governo Bolsonaro para Amazônia.
O texto segue agora para para votação do senado.
A política desenvolvimentista dos anos de chumbo
Além dos deputados de oposição e ambientalistas, o projeto de lei também foi condenado por investidores internacionais.
“O governo brasileiro continua falhando notavelmente em conter o desmatamento e proteger os direitos das comunidades. Se esse perigoso projeto de lei for aprovado no Senado, mostrará que o governo está ativamente buscando acelerar seu atual caminho de destruição ambiental em massa”, disse ao jornal Folha de São Paulo, o analista de investimentos responsáveis do maior fundo de pensão norueguês Kiran Aziz, que administra cerca de US$ 85 bilhões (R$ 424 bi) em ativos.
Ainda segundo a Folha, manifestaram-se contra a votação do projeto associações nacionais que representam os membros do Ministério Público de Meio Ambiente, dos servidores de órgãos ambientais (Ascema), das entidades ambientais de estados e municípios (Abema e Anamma), antropólogos e arqueólogos, cientistas reunidos na SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), ex-ministros do Meio Ambiente e movimentos do campo, como o combatente MST.
*Com informações blog do Garrone
0 comentários: