Foto: Reprodução/TV Mirante
Dados da Polícia Civil do Maranhão informam que, durante os meses de janeiro a setembro deste ano, ao menos 44 casos de feminicídio foram registrados em todo o Maranhão. A modalidade de crimes referentes à agressões às mulheres é considerada uma das mais frequentes em todo o país.
No ano passado, o balanço anual registrado pela Polícia Civil contabilizou 57 feminicídios no estado. Quanto aos crimes de lesão corporal, 3.568 ocorrências foram notificadas, só em 2022. Apesar da legislação, que tipifica crimes de violência contra a mulher – a exemplo da Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006 –, a incidência de ações violentas às mulheres maranhenses segue, em ritmo progressivo, nos índices quantificados.
Em entrevista à TV Mirante, a delegada Kazumi Tanaka reforçou a necessidade de manter a atenção em pequenos atos de violência dos agressores, para que um ciclo de violência não tenha início, no relacionamento.
“Normalmente, não é o primeiro ato de violência que ele [o agressor] pratica. São vários atos de violência que ele praticou, mas houve uma reconciliação; um pedido de perdão; houve uma esperança de que aquela situação iria mudar, e aí, nessa condição, ela [a vítima] fica, cada vez mais, se colocando em uma situação de risco, mas não imaginava que as promessas dele, de ameça e morte, fossem se concretizar”, disse.
A Casa da Mulher Brasileira, no bairro Jaracaty, é outra instituição à disposição de mulheres vítimas de violência na capital, com amparo psicológico, social e jurídico. A diretora da unidade, Susan Lucena, afirmou que é preciso não haver omissões, em casos de agressões não relatadas.
“A Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas e tem todos os serviços de atendimento às mulheres funcionando em um mesmo espaço. Se você está ouvindo um caso de violência ao lado da sua casa; seu vizinho batendo na sua vizinha, não se omita”, concluiu.
Informações g1 Maranhão
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