sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Rachel Sheherazade, nojenta! Nojenta foi a morte do cinegrafista da Band

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Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2014


Por: Almir Moreira, advogado



Emitir uma opinião desastrada é mais perigoso do que cometer um crime de verdade. É essa a conclusão a que chegaram os falsos progressistas que largaram pau na jornalista Rachel Sheherazade por ela ter feito comentário, até certo ponto desastrado, a respeito de um rapaz – flagrado no crime – que foi amarrado pelo pescoço por outras pessoas a um poste. Ninguém, em sã consciência, é a favor de que se pratique justiça com as próprias mãos. Mas é perfeitamente compreensível – não no sentido de apoiar e incentivar, mas de entender – que as vítimas da bandidagem, em um ato irracional e de desespero, usem desta prática para se defenderem e se protegerem, frente a um Estado que não lhes serve.  

A sociedade clama por ajuda! Inverter o foco da discussão para ver na opinião de uma jornalista, que nada mais fez do que expor o que a sociedade grita, há tempos, em vão!, não é a saída para se enfrentar o problema da violência, quer seja essa violência do dia a dia, quer seja essa “organizada” por bandos que se autoproclamam de movimentos sociais, como o do rapaz de chapéu descolado, camisa descolada, especialista em tatuagem e de fala confusa responsável pela morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes. 

Isso está ocorrendo, meu filho, porque nada nesse país está funcionando. Como tudo está à beira do abandono – vejam educação, saúde e infraestrutura –, infelizmente, a atitude de Rachel e das pessoas envolvidas no ataque ao rapaz amarrado no poste soam como sendo a própria sociedade tomando suas posições.  

Aqueles que compreendem a bestialidade humana geralmente são alvo de ataques, sempre permeados de falso moralismo ou de forte carga ideológica. Hannah Arendt, quando cobriu o julgamento de Adolf Eichmann, soube bem se expressar sobre essa condição humana. Ambas, Hannah e Rachel, reconheceram a banalidade do mal e a falta de responsabilidade das respectivas autoridades, no caso específico a do governo brasileiro em cumprir com sua obrigação, no caso, dar segurança à sociedade. 

Não, nada disso, a verdade inconveniente é esta: a segurança pública no Brasil está esculhambada. Qualquer fala, por mais desastrada que seja, não tapa o buraco da falta de segurança há muito encetada entre nós.

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