Após o alto reajuste de combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada, os economistas do mercado financeiro elevaram estimativa de inflação em 2022 em quase 10 pontos percentuais. Antes do reajuste, a expectativa era de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, ficasse em 5,65% neste ano.
No entanto, deve ao aumento no preço dos combustíveis, os economistas do mercado financeiro elevaram para 6,45% a estimativa de inflação. Essa foi a nona alta seguida no indicador.
A informação consta do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
O aumento nos combustíveis foi anunciado pela Petrobras na última semana, em meio à disparada dos preços do petróleo - por conta da guerra na Ucrânia.
Se confirmada a previsão do mercado para a inflação em 2022, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
Em 2022, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Com a nova alta, a previsão do mercado se distancia mais do teto da meta.
O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Para 2023, o mercado financeiro subiu de 3,51% para 3,70% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Fonte: G1
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